
Acto da Rede Feminista Galega contra a violência machista em Compostela

Especial Comissom Nacional da Mulher
Novembro de 2009
O passado Sábado 28 de Novembro, a Rede Feminista Galega saiu a rua para deixar ao léu a multidom de facetas nas que se materializa a violência contra as mulheres no sistema patriarcal.
A acçom começou com o despregue de umha faixa na fachada dum dos prédios da Praça do Pam com umha clara palavra de ordem: “Invisibilidade, linguagem sexista, dupla jornada, discriminaçom laboral, educaçom sexista, assédio sexual, violaçons... assassinatos. Contra a violência de género: REBELA-TE!!”
Posteriormente formou-se umha ringleira de mulheres acima de cadeiras desde a Praça do Pam até o mercado de Abastos portando arredor de quarenta cartazes com numerosas legendas: “Estou na rua porque: Machismo rima com fascismo”, “Estou na rua porque: Quero sexo quando desejo e gravidez quando decido”, “Estou na rua porque: A liberdade nom se paga com a morte”, “Estou na rua porque: Se nos tocam a umha tocam-nos a todas” etc.
Esta última, a essência da mensagem que a Rede quixo transmitir, umha mensagem de rebeldia e desobediência radicalmente enfrentada à vitimizaçom mediática e social que se produz quando a agressom está já efectuada. Assim, a Rede Feminista Galega, simbolizou-no com um grupo de mulheres armadas com sachos e fouces que rondava a fila fazendo ouvir o seu som.
As jovens de BRIGA parabenizamos a Rede Feminista Galega polo sucesso do acto, desejamos futuos êxitos e aguardamos ver-nos pronto na rua.
A seguir, disponibilizamos o texto distribuído:
Dia contra a violência machista
Passar de um “cala” ou de um “tu nom sabes do que estás a falar” a umha agressom física, é só um degrau na escalada da violência machista que, muitas vezes, passa despercebido.
Porque as mortes nom se produzem de súpeto, porque antes de umha mulher ser assassinada produzem-se pequenas mortes todos os dias:
A morte nas escolas: Silenciando o papel da mulher na história…
A morte laboral: Quando continuamos a cobrar menos polo mesmo trabalho…
A morte na família: Educando-nos no eterno papel de cuidadoras, como maes, esposas ou filhas…
A morte sexual: Negando-nos o nosso próprio prazer, convertendo-nos em meros objectos reprodutores…
A morte a partir dos fundamentalismos religiosos: Quando todos e cada um dos seus credos subordinam as mulheres ao homem…
Por isso estamos hoje na rua, por todas essas pequenas grandes mortes, por todas as mulheres assassinadas, porque já estamos fartas!!!!
REDE FEMINISTA GALEGA 2009



