
Intervençom de BRIGA no X Dia da Galiza Combatente

Outubro de 2010
A seguir reproduzimos a intervençom do companheiro Carlos Garcia Seone no acto político polo Dia da Galiza Combatente organizado o passado sábado por Nós-Unidade Popular sob a legenda de Lola Castro, José Vilar: O povo nom vós esquece:
Se bem é Nós-Unidade Popular quem organiza exclussivamente este acto, BRIGA, como entidade juvenil da esquerda independentista, é parte fundamental no desenvolvimento do mesmo ao sentirmos como parte própria a data do 11 de Outubro, dia em que caírom em combate Lola e José e na que se cenifica o esforço de boa parte da esquerda independentista por resgatar a memória de rebeldia e resistência das mulheres e homens que ao longo da nossa história fôrom dando forma com as suas maos e o seu pensamento transformador à Galiza Combatente que hoje homenageamos.
Companheiros e companheiras, jovens camaradas:
reunid@s hoje aqui na rua da Terra da cidade de Ferrol, diante o portal onde caiu abatido polas balas fascistas espanholas um dos mais egrégios representantes da Galiza Combatente, o jovem Moncho Reboiras, fago um chamamento à rebeldia.
A Galiza Combatente de 2010 precisa encher as suas filas de jovens rebeldes. Jovens que fagam frente e lhe ensinem os seus dentes de raiva às forças de ocupaçom como certamente demonstrárom este passado 24 Julho nas ruas da nossa capital. Moços e moças que demonstrem na rua que nom tenhem nada a perder a nom ser os ferros das suas cadeias e tenhem um mundo a ganhar, como também demonstrárom há um par de semanas durante a exitosa jornada de greve geral em luita contra o Capital do 29 de Setembro. Jovens que pratiquem em primeira pessoa a luita de classes mediante os mais variados métodos de desobediência, jovens que mostrem intransigência ante qualquer forma de injustiça, jovens que plantem cara às diversas formas de autoritarismo, bem venha do patrom, do pai, do guarda de segurança, do professor na escola,... em definitiva, temos que aprofundar na praxe da rebeldia como um dos nossos principais sinais de identidade.
Somos e queremos ser juventude rebelde, mas com umha causa. Temos umha causa muito justa: fazer a Revoluçom galega. Com o passo de cada jornada interminável de exploraçom juvenil assalariada, com o passo de cada jornada de formaçom de mao de obra barata para o patrom, com o passo dos dias na procura dalgum congénere sem escrúpulos a quem entregar o produto do nosso trabalho, chegamos à conclusom de que nom há outro caminho a seguir mais que a luita contra esta ordem social que nos explora e nos oprime. É pois que para fazer a Revoluçom temos que exercitar a rebeldia.
Mas essa rebeldia consciente necessita de grandes doses de motivaçom. E essa motivaçom atopamo-la na nossa memória combatente e, em especial, no papel salientável que tem jogado a juventude na história da Galiza que nom se resigna, que nom se cala e luita.
Lola e José nom passavam dos trinta anos de idade, o Moncho Reboiras contava com 25 anos quando foi assassinado, Segundo Vilaboi obreiro ferrolano e guerrilheiro comunista tinha 29 anos quando o garrote fascista acabou com a sua vida, Amada Garcia, comunista mugardesa, fusilada polo franquismo quando contava 27 anos de idade, e outros muitos exemplos de jovens que no melhor da vida entregárom todo o que se podia oferecer na luita por um futuro sem opressores.
Cada 11 de Outubro recolhemos o seu facho libertador e @s tomamos como referentes da nova canteira da Galiza Combatente. Nova canteira da que seguro sairám novas pedras com as que derrubar ao inimigo.
Viva a rebeldia d@s que combatem!!
Antes mort@s que escrav@s!!