
25 de Novembro: Quando agridem a umha, agridem-nos a todas!

Especial Comissom Nacional da Mulher
Novembro de 2010
Neste último ano, as mulheres fomos agredidas de múltiplas formas polo patriarcado e as instituiçons burguesas que o sustentam. Aprovou-se a lei de despenalizaçom do aborto, umha lei insuficiente, que nom supom um verdadeiro avanço nas liberdades sexuais e de decissom sobre os nossos corpos. Em Setembro, aprovou-se no Parlamento espanhol umha reforma laboral especialmente agressiva contra as mulheres e as jovens trabalhadoras, porque fomenta os contratos a tempo parcial, um contrato precário que é assinado maioritariamente por mulheres em contra da sua vontade. Em Novembro, a Junta de Feijó pagava com dinheiro público a visita do Papa à capital do nosso Pais, representante dumha instituçom machista e fundamentalista. Estes som só alguns da multidom de exemplos de violência machista.
As últimas estatísticas do estado espanhol demonstram que o patriarcado segue transmitindo-se de geraçom em geraçom, e que o nível de esta transmissom é muito grande. Na última enquisa sobre violência machista, destaca que o 15% da juventude do estado espanhol justifica a violência machista e o 17,7% dos jovens acham que a agressividade os fai mais atractivos. Estes dados além de mostrar a gravidade da introduçom do machismo na consciência da juventude, demonstra que as campanhas e acçons desenhadas pola social-democracia espanhola e polo feminismo burguês, nom representam nemgum tipo de avanço na luita contra o patriarcado mas bem um atranco.
No último ano, quatro mulheres fôrom assassinadas na Galiza polos seus casais ou companheiros, umha cifra superior ao do 2009. Mas, já durante o ano 2009 acrescentara-se num 20% os procedimentos judiciais por violência machista. As denúncias por terrorismo machista também se acrescentárom, junto com umha queda no número de divórcios devido em parte a grave situaçom económica das mulheres. O número de mulheres exploradas na prostituiçom também se acrescento nos últimos dous anos.
Desde a implossom da crise capitalista no ano 2007, aumentou o nível de agressividade do patriarcado contra as mulheres. O desemprego das jovens é estrutural, e a discriminaçom e o acosso laboral umha das lacras que lhe agregam ao nosso trabalho. As trabalhadoras jovens somos a carne de canhom dos empresários, já que a tasa de desemprego feminino é superior à dos trabalhadores, exceptuando alguns períodos estacionais, quando acrescentan-se os postos de trabalho precários na hotelaria, no comercio e na sanidade, três ramas fortemente feminizadas do sector serviços, e nos períodos de maior perda de emprego na construçom. O número de denúncias por acosso no trabalho também é superior aos de inicio da crise.
A explicaçom a este aumento da agressividade do patriarcado, é que o sistema capitalista, em perfeita simbiose com o patriarcado precisa acrescentar a dominaçom, opressom e exploraçom sexo-económica das mulheres. Por umha banda, a hiperexploraçom das mulheres acrescenta o ganho dos empresários, e por outra banda, garante que as mulheres sigam obrigadas, a recompor psicológica e fisicamente a força de trabalho dos homens neste tempo de crise, onde as frustaçons dos obreiros e dos filhos som maiores. Perante estes factos, as jovens organizadas em BRIGA, queremos reivindicar no Dia Internacional contra a Violência Machista, que seguiremos luitando polo fim do patriarcado, polos direitos das mulheres a eleger sob nós mesmas, seguiremos saíndo a rua por cada agressom contra umha mulher, para berrar bem forte que nós nom aceitamos este sistema injusto.
AVANTE A LUITA FEMINISTA!
PAREMOS O TERRORISMO MACHISTA!
A SOLUÇOM: AUTO-ORGANIZAÇOM FEMINISTA!!

Cartaz polo Dia Internacional contra o Terrorimo Machista 2010