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Actualizada em
14/01/14
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Greve Geral do 27-J: A juventude obreira dispuxo-se ao combate na rua

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Janeiro 2011

A greve geral do passado 27 de Janeiro convocada em primeira instáncia pola CIG e apoiada por um amplo abano de entidades sociais e políticas da esquerda nacional, partia dumhas condiçons de silenciamento por parte dos meios de comunicaçom da burguesia, facto que obrigou a redobrar os esforços propagandísticos do movimento popular comprometido com o apoio à greve geral.

Este panorama de ocultamento da jornada de greve promovida polo grande poder mediático pró-patronal ocasionou um desigual seguimento da greve por parte do povo trabalhador, resultando mais visível o paro da actividade em sectores de forte composiçom proletária: o metal do sul da Galiza, a construçom civil de grandes obras como a ampliaçom dos aeroportos de Peinador e Lavacolha, o têxtil corunhês, ou parte do sector naval da ria de Ferrol. Porém, o seguimento da greve foi muito mais reduzido polo comércio retalhista ou as grandes áreas comerciais.

A diferença do 29 de Setembro, o dispositivo policial mobilizado polo governo anti-obreiro do PSOE desde as primeiras horas da madrugada do 27J foi muito forte e tinha como objectivo o seguimento "corpo a corpo" d@s grevistas para dificultar a acçom piqueteira. O aumento progressivo da actividade repressiva sobre o movimento operário evidenciou-se durante a jornada com numerosas identificaçons de grevistas, retençons e inspecçons de pertenças particulares. O elevado número de detençons produzidas, nove na cidade de Vigo e quatro em Ourense, dam boa prova da rusga repressiva comandada polo Delegado do Governo espanhol na Comunidade Autónoma galega, Anton Louro, quem já afirmou a possibilidade de sançons administrativas para @s grevistas identificad@s durante a jornada.

Da maior parte das detençons produzidas devemos salientar o seu carácter juvenil. A juventude trabalhadora galega mostrou mais umha vez que o combate na rua é a resposta mais conseqüente que se pode oferecer contra os péssimos planos de futuro que desenham para nós a burguesia e executam com diligência os seus lacaios representantes políticos.

Questom determinante que elevou a moral d@s grevistas na madrugada do 27J foi o facto de conhecer a assinatura dum princípio de acordo entre o governo do PSOE e o sindicalismo amarelo espanhol com Méndez e Toxo à frente, segundo o qual volvem atraiçoar a classe obreira acedendo a alargar a idade de reforma até os 67 anos, condiçom que há umhas semanas diziam -esta comparsa de renegad@s de classe- nunca aceitariam.

A indignaçom palpável entre @s grevistas ante esta nova traiçom do reformismo sindical espanhol representado por CCOO e UGT demonstrou-se ao entoar constantemente palavras de ordem como "CCOO-UGT, sindicatos do poder" ou "UGT-CCOO, sindicatos dos patrons", consignas já popularizadas e gravadas no imaginário da dignidade obreira. Mas estes berros de raiva nom só tinham como justificaçom esta traiçom, senom que também faziam alusom ao carácter insolidário de classe promovido polas direcçons locais burócratas destes sindicatos espanhóis quem pugêrom todo o seu empenho em boicotar a jornada de greve geral impulsando comunicados de nom adesom por parte de comitês de empresa nos que som maioria ou mesmo exercendo activamente de contra-piquetes.

O amplo descontentamento popular deixou-se ver nas maciças manifestaçons organizadas polo sindicalismo nacional e de classe para o meio-dia do 27J. As mobilizaçons da CIG realizadas em mais de umha dúzia de localidades do país experimentárom um notável incremento em relaçom às do 29 de Setembro e mostrárom a existência de um importante setor obreiro e popular que aderiu conscientemente à greve.

A juventude trabalhadora e popular organizada em BRIGA participou de maneira ativa na jornada de greve, tanto no envolvimento na acçom de piquetes ao longo da jornada, como nas diversas manifestaçons realizadas. Neste 27 de Janeiro, da mesma maneira que no 29 de Setembro, a nossa açom foi encaminhada a mostrar ódio e desprezo cara esta ordem social que nos explora e nos oprime, formando parte dessa primeira linha de combate à qual se unem os sectores do povo trabalhador mais conseqüentes nos confrontos com os cans da guarda da patronal ou praticando os mais variados métodos de luita na rua. Conseqüência desta visom, um militante da nossa organizaçom foi detido em Vigo junto a outros dous jovens grevistas na madrugada do 27J sob a acusaçom de desordens públicas.

De BRIGA mostramos a nossa satisfaçom polo relativo sucesso desta nova jornada de luita, a primeira em chave galega que sem lugar a dúvida serviu para reafirmarmos as dinámicas próprias da formaçom social galega e o papel transformador encomendado para a classe trabalhadora galega, quem reconhece a sua singularidade e age como tal. Devemos fugir do excessivo triunfalismo transmitido pola dirigência sindical reformista da CIG quem já valorizava como um rotundo êxito a jornada de greve nos dias antes pola simples questom de convocá-la, um plantejamento de objetivos da greve um tanto minimalistas que impossibilitou ir para mais além do realizado.

Ao igual que nas jornadas posteriores ao 29 de Setembro, após o 27J temos que demandar mais respostas de classe com as que manter acessa a labarada de luita contra a actual ofensiva brutal do Capital sobre o povo trabalhador, no que a juventude trabalhadora está a sofrer especialmente a rapina burguesa.

A luita é o único caminho!

Mural localizado na cidade de Vigo

Mural localizado na cidade de Vigo