
366 dias de dissidência. 366 murais de subversom
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A realidade nom mente. Pode ser mascarada, tergiversada ou ocultada polos amos do sistema, mas sempre está aí para quem tiver os instrumentos necessários e a vontade para conhecê-la e transformá-la. De nom termos os instrumentos necessários para a sua transformaçom, por muito empenho que ponhamos careceremos de pontaria à hora de tomarmos decisons, golpearemos umha e outra vez um muro que nom seremos quem de derruir, porque erraremos à hora de analisarmos o que é que está a ocorrer nessa realidade que nom mente, mas que está maquilhada e pervertida para benefício dos que tenhem o poder, com o objectivo de nos confundir e anular. No caso contrário, de faltar-nos vontade, nom servirám de nada todos os instrumentos que podamos reunir nem em toda umha vida de estudo, por muito que nos permitam olhar a realidade tal e como é, porque nos faltará essa faísca de rebeldia que impulsiona o jovem a negar-se a aceitar a imposiçom dos pais, ao trabalhador, a luitar contra o despotismo legalizado da patronal, à mulher, e enfrentar-se a um mundo monstrosamente machista que precisa da sua anulaçom e mercantilizaçom para subsistir.
De BRIGA defendemos que a nossa realidade deve ser transformada. A razom principal nom é umha simples melhora pontoal nas nossas condiçons de vida, se nom umha outra muito mais categórica e ameaçante. O capitalismo está destruindo o planeta, e com ele, empecendo a possibilidade da subsistência humana na Terra num futuro imediato. A escalada de armamento global propiciado polo actual sistema, o deterioro brutal da ecologia planetária e a condena à miséria mais absoluta de cada vez mais milheiros de milhons de pessoas em benefício dumha minoria som só as consequências mais evidentes do que se está a passar ao nosso arredor. Porque na Galiza, nas suas vilas e cidades, @s jovens também vivemos inseridos nesta lógica destrutiva e aniquiladora consubstancial ao capitalismo. Como explicamos se nom a alça sem precedentes das enfermidades psicológicas entre a juventude, produzidas pola carência de futuro, polas nossas miseráveis condiçons laborais, a nossa impossibilidade de controlar a nossa própria vida? Vivemos num mundo essencialmente violento, no que como jovens e como mulheres sofremos dobremente umha violência que nom sempre é explícita, mas que socava aos poucos a nossa mente, a nossa criatividade, a nossa inteligência e a nossa capacidade de decidir e actuar. Neste mundo, e na altura em que nos achamos, temos duas opçons mui claras: Ou transformamos radicalmente a realidade, ou nom há futuro para ninguém, com excepçom quiçá d@s mesm@s que se beneficiam desta situaçom.
Da nossa firme vontade colectiva de transformar o mundo que nos arrodeia nasce esta campanha. Um ano de dissidência activa no que a partir deste mês de Agosto e até o mesmo mês do ano 2008, levaremos a cabo umha importante vaga agitativa, realizando um mural por cada dia do ano. Isto supom à vez umha declaraçom, um desafio e um convite. Umha declaraçom, porque vamos a levar ao nosso espaço próprio, as nossas ruas, o que somos e o que defendemos, gravando em imagens as luitas que conformam o nosso projecto. Um desafio, porque a defender a liberdade de expressom sai caro, e sabemos ao publicarmos estas linhas que os corpos repressivos tentarám por todos os seus meios impedir que isto se leve a cabo. E por último um convite a participar deste ano da subversom connosco, a reflexionar sobre se este mundo que me arrodeia funciona tam bem como tentam fazer crer, se a liberdade é algo mais que o último modelo de telemóvel que comprei ou a última peça de roupa que provei, e sobretodo e por cima de todo, se tenho a vontade e os instrumentos para tranformar o que me arrodeia.
Ao longo da história tem havido inúmeras mudanças do sistema vigorante, e por muito que nos tentem inculcar o contrário, o capitalismo nom é nem eterno, nem inevitável. A luita é possível, é necessária mais do que nunca, e é suicida nom participar dela. A dissidência é o único caminho, a subversom umha arma que devemos interiorizar como um acto reflexo cada um dos dias da nossa vida, os 365 dias do ano.
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