
Tempo de crise, tempo de luita
Venhem tempos novos
A crise rachou com a apariência de eternidade que o capitalismo tem empregado historicamente. O sistema já nom pode mostrar-se como a única alternativa possível para a vida humana, o castelo de mentiras que permite o seu funcionamento está a quebrar-se desde os mesmos cimentos. A superioridade do actual modelo económico revela-se como umha mentira monumental, demonstrando ser umha maquinária irracional de produzir exploraçom e misséria planetária baseada numha bolha gigantesca de especulaçom parásita (valorada em mais de 20 vezes o Produto Bruto Mundial), e artífice da maior trevoada económico-social da história deste sistema.
Todos os indicadores económicos oficiais assinalam que o capitalismo está a esgotar a sua etapa senil, que a própria civilizaçom patriarco-burguesa está a sofrer as conseqüências dumha crise que vai muito mais lá do que recessons económicas pontuais. Em palavras do ex-presidente da Reserva Federal estado-unidense Paul Volcker, a profundidade da crise actual supera com muito à desatada com o crack de 1929. É dizer, que nom há precedentes na história do capitalismo dumha crise semelhante, e isto reconhecido polos seus mesmos gestores e apologetas.
Venhem tempos de mentiras
Maliá ao que os próprios termómetros capitalistas se virom obrigados a admitir, as análises da situaçom tivêrom bom coidado de, já que esta nom podia ser ocultada, polo menos transformá-la de cara ao público numha crise mais de sobreproduçom, consubstancial ao sistema e polo tanto superável nalguns anos. A indústria mediática pagada polos estados burgueses tenta desvirtuar todo sentido do que está acontecendo, dando pinceladas inconexas, misturadas com verdades a médias que som incompreensíveis sem relacionamento entre elas.
Primeiro chamou-se-lhe “desaceleraçom”, depois “crescimento negativo”, e finalmente, na actualidade, reconheceu-se como umha crise grave, mas passageira, que contradizendo todos os indicadores estaria já iniciando a sua fase de recuperaçom (todo segundo o governo espanhol).
Agora desfilam por rádios, televisons e Internet imagens de África, Ásia e Latinoamérica; censura-se a morosidade como causante da insolvência bancária e da contraçom do crédito para as empresas, etc. Todo com um único e claro objectivo: Adormecer os alarmes. Manter as consciências anestesiadas, convencer de que “sempre há algo pior” que por trás esconde um “nom estamos tam mal”, invertir culpáveis e vítimas da crise, para justificar os resgates bilionários aos especuladores, e a crescente misséria para @s trabalhadoras/es.
Venhem tempos duros
Este terremoto já se levou por diante o espelhismo do crescimento económico ininterrompido, e deixou ao léu a natureza criminosa do capitalismo e da funçom real dos estados: assegurar o mantemento da ordem actual. As únicas medidas tomadas polos diferentes governos do centro do sistema (EUA, UE, Japom) fôrom o gasto de miles de milhons de dólares, euros e iens para engrassar a decrépita maquinária do sistema, para alongar a sua agonia mais alguns anos. De igual jeito que se empregam calmantes para um paciente irrecuperável mantido artificialmente com vida, estas grandes injecçons só procuram ganhar algo de tempo.
Estes salva-vidas momentáneos de cifras astronómicas saem em boa parte dos fundos públicos, como é o caso do estado espanhol, dos recurtes sociais, o saque dos povos oprimidos como o galego, e o recrudescimento generalizado das agressons contra a classe obreira. Os ERE, o crescimento do paro e o acrescentamento da exploraçom som só o princípio. A crise nom fijo mais que começar.
Venhem tempos de luita
Os próprios especuladores, os capitalistas, os banqueiros, os empresários e os estados que os representam nom estám dispostos a renunciar ao seu modo de vida. Para eles, o benefício nunca é suficiente, há que perseguí-lo a qualquer preço, todas as demais consideraçons som sacrificáveis. Dentro desses elementos descartáveis, estamos nós. O ponto de mira está nas nossas cabeças, apontando à caluga de cada jovem que assume a ditadura do seu chefe para manter o trabalho cada vez mais escasso, pressionando na têmpora da jovem que aguarda aterrada o momento no que volte o companheiro para espancá-la, nas costas de cada moç@ que vê a sua naçom seqüestrada, reduzida a umha caricatura folclórica, umha nota a pé de página das curiosidades do estado invasor.
Nom devemos permitir que tirem do gatilho. Na nossa mao está dar respostas ao beco sem saída ao que leva o capitalismo em crise, abrir um novo caminho de democracia verdadeira, de trabalho digno e criativo, de poder juvenil, de emancipaçom da mulher, de fraternidade e igualdade entre todos os povos do mundo, de respeito ao equilíbrio ecológico, de emancipaçom sexual...
Em definitiva, um caminho à liberdade. Mas este sendeiro nom é nem fácil nem rápido, e tem um preço: O combate. O capitalismo dá os seus últimos passos, mas pode ser a pré-cuela dalgo muito pior. A esquerda deve dar um passo à frente, ofertar a única saída possível: O socialismo. Mas os proprietários do sistema nom estám dispostos a rendir-se sem mais.
É por isso que aqui, na Galiza do século XXI, desde as modestas forças que nos dá o saber que a luita é o único caminho nom por desejo próprio, mas por imposiçom de quem leva ao planeta ao desastre, BRIGA quer aportar nos próximos tempos um presente de luita, para conquistar um futuro nosso.
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